Maranhão terá R$ 28 milhões para desenvolver arranjos produtivos

Por Luís Pablo Maranhão
 

Do Maranhaohoje

O Maranhão disporá de R$ 285 milhões a serem empregados no desenvolvimento de cadeias produtivas. O repasse será por meio do Nordeste Territorial, estratégia que visa integrar pequenos produtores a beneficiadores e distribuidores, com ênfase na formação de Arranjos Produtivos Locais (APLs). Os recursos são oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operacionalizado pelo Banco do Nordeste.

A metodologia abrange ações nos segmentos de micro e pequenas empresas, agricultura familiar, políticas públicas e inovação tecnológica. Ao todo, 45 projetos territoriais foram selecionados, de acordo com o potencial de cada microrregião maranhense.

Bovinocultura de leite e de corte, avicultura, grãos e extrativismo estão entre as atividades financiáveis, mas, nesse ano, o programa também contempla setores urbanos, como o da construção civil, petróleo e gás, saúde, turismo e comércio varejista.

Segundo o gerente de Desenvolvimento Territorial do BNB no Maranhão, Jaubas Alencar, pouco a pouco o trabalho do agente de desenvolvimento, funcionário responsável pela articulação de parcerias e realização de negócios, está deixando de ser exclusivamente rural para ganhar novas dimensões econômicas, ampliando seu raio de ação.

“O agente de desenvolvimento é o elo entre as agências do Banco e os grupos produtivos, visitando clientes de toda a cadeia, negociando com empresas-âncoras a transferência de tecnologia, discutindo políticas públicas e ajudando as associações de produtores a resolverem gargalos, como o de escoamento da produção”, ressalta. Ele salienta que o Banco do Nordeste tem, atualmente, um agente de desenvolvimento para cada uma de suas 15 agências, o que potencializa a estratégia.

Para o gestor, o Nordeste Territorial, além da relevância socieconômica, é importante para o Banco por diminuir riscos dos financiamentos, em virtude da estruturação das cadeias produtivas. “O conceito de mitigação de riscos pressupõe ações antecedentes e concomitantes à concessão do crédito, garantindo apoio à produção, prestação do serviço e qualificação do empreendedor”, destaca.

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