Flávio Dino: “É uma amputação irreparável”

Por Luís Pablo Brasil
 

Da Época:

Na manhã de 14 de fevereiro, uma terça-feira, pouco depois das 6 horas, o ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA), de 43 anos e pai de dois filhos, recebeu uma ligação da mulher, Deane Maria. Ela falava do Hospital Santa Lúcia, um dos maiores de Brasília, para informar que Marcelo, o caçula, sofria uma nova crise de asma depois de 16 horas de internação. Dino pegou o carro e, por ruas ainda vazias, chegou ao hospital em poucos minutos. No trajeto, o ex-deputado se manteve calmo. Previu que Marcelo passaria por uma sessão de nebulização e logo estaria bom de novo.

Ao entrar na unidade de tratamento intensivo (UTI), deparou com uma cena bem diferente da que imaginara. Marcelo ocupava uma das cinco camas, cercado por três médicos – uma mulher e dois homens –, visivelmente tensos.

Flávio Dino, pai de Marcelo.

Flávio Dino, pai de Marcelo.

O filho estava inconsciente, com o rosto roxo, e parecia não respirar. “Adrenalina”, disse um dos médicos, enquanto fazia massagens cardí-acas. Poucos minutos depois, viram os dois médicos deixar a sala. A médica ficou inerte em frente a Marcelo por alguns ins-tantes. Em seguida, dirigiu-se ao casal: “O Marcelo não resistiu”.

O destino de Marcelo gera consternação porque, apenas dois dias antes, era um adolescente ativo. No domingo, Dino e Marcelo pedalaram 10 quilômetros pelo Eixão, principal avenida de Brasília.

Na segunda-feira, de volta à rotina, Dino viajou a trabalho para São Paulo. Desde junho do ano passado, preside a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). Marcelo foi para o colégio, onde cursava o 9o ano do ensino fundamental.

No final da manhã, o flamenguista Marcelo teve uma crise aguda de asma durante uma partida de futebol de salão. Sentiu falta de ar, vomitou e desmaiou. Foi socorrido e levado para o Santa Lúcia. Por volta das 14 horas, foi internado na UTI adulta do hospital e, mais tarde, transferido para a pediátrica.

O prontuário médico registrou que seu quadro exigia monitoramento e que o menino necessitava de oxigenação. A mãe, Deane, fazia com-panhia.

No início daquela noite, quem assumiu o plantão do Santa Lúcia foi a médica Izaura Emídio. Aos 39 anos, especializada em pediatria e terapia intensiva, ela já vinha de uma jornada de 12 horas de plantão no Hospital Regional de Taguatinga. Ao che-gar, foi informada sobre as condições de saúde dos três pacientes da UTI: dois bebês e Marcelo. “Ele estava conversando nor-malmente. Estava ansioso. Não estava cansado”, disse Izaura à polícia.

A situação parecia tão tranquila que Deane aconselhou o marido, que pousava em Brasília de volta de São Paulo, a nem seguir para o hospital. Marcelo dormia em paz e, possivelmente, teria alta no dia seguinte, logo cedo. Durante a madrugada, a médica Izaura visitou a UTI pediátrica duas vezes. Avaliou que Marcelo e os demais pacientes apresentavam “saúde estável”.

Tudo seguia bem até as 4 horas, quando o menino deveria receber dois remédios para asma. Isso não aconteceu. Aí começa-ram as complicações. Às 5h30, a médica Izaura foi chamada para ajudar num parto no centro obstétrico, ao lado da UTI pediá-trica. Marcelo só foi tomar o remédio às 6 horas. Em seguida, começou a passar mal. A mãe, Deane, pediu à auxiliar de enfermagem que chamasse a médica. Izaura não chegou.

Depois de terminar o parto, ela foi trocar o uniforme. Enquanto isso, a crise de Marcelo se agravou. “Ele disse que não estava conseguindo respirar”, afirmou Deane. Segundo a mãe, os lábios já estavam roxos. A médica, finalmente, chegou e pediu equipamento para colocar um tubo de oxigênio no menino. O material veio, segundo o hospital, mas o procedimento não foi executado naquele momento.

A fachada do Hospital Santa Lúcia, de Brasília

A fachada do Hospital Santa Lúcia, de Brasília

A médica pediu à auxiliar de enfermagem que chamasse o anestesista, que trabalha com entuba-ção. Ele estava no centro cirúrgico, em outra área do hospital. A essa altura, já alertado pela mulher, Dino corria para o Santa Lúcia. O anestesista chegou à UTI pediátrica às 6h20. Pouco depois, pediu à equipe de enfermagem que substituísse o equipa-mento de entubação. Às 7 horas, Marcelo foi considerado morto.

Procurada por ÉPOCA, Izaura afirmou que qualquer informação sobre o caso compete à direção do hospital. “O paciente re-cebeu todo o atendimento que a situação exigia e no tempo adequado”, diz o médico Cícero Dantas Neto, diretor técnico do Santa Lúcia.

Segundo ele, havia uma situação de risco. “A asma é uma doença extremamente grave.” Mas, segundo especialistas, casos fatais são incomuns. “Com os medicamentos e tratamentos modernos, esses eventos (mortes em hospitais por asma) são muito raros”, afirma o médico Adalberto Sperb Rubin, diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisio-logia (SBPT) e pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre.

O menino foi enterrado no dia seguinte em Brasília. No velório, passaram o vice-presidente da República, Michel Temer, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o governador de Brasília, Agnelo Queiroz, e o ex-presidente José Sarney (PMDB), principal adversário político de Dino no Maranhão.

No dia 19 de março, acompanhado de Deane, Dino recebeu É-POCA num hotel de Brasília e deu a primeira entrevista com detalhes sobre a morte do filho.

Desde a tragédia, está licenciado da Embratur. Com experiência de juiz federal aposentado, Dino é comedido quando fala do inquérito policial que apura o caso, sob a responsabilidade do delegado Anderson Espíndola. Só então decidirá o que fazer para que a morte prematura de Marcelo ajude a mostrar as falhas do sistema de saúde brasileiro.

Apesar da tristeza, Flávio Dino falou com firmeza por mais de uma hora. No final, cedeu à emoção e sucumbiu ao choro.

Entrevista de Flávio Dino para Época

Por Luís Pablo Política
 

Por Marcelo Rocha, da Revista Época:

ÉPOCA – Como o senhor enfrenta a morte de seu filho?

Flávio Dino – Estou tentando organizar a vida. Marcelo é insubstituível. Ele era muito amoroso, carinhoso, afetuoso com a gente e na escola. Sinto muita indignação nos momentos em que racionalizo o que ocorreu. Os últimos 30 dias não existiram para mim. O que existe é 14 de fevereiro às 7 horas da manhã. É onde estou. Marcelo foi uma vítima indefesa de um sistema desumano e ganan-cioso. Foi uma tragédia de proporções inimagináveis. É uma amputação irreparável de uma parte de nossa vida. É uma dor incurá-vel, que vai nos acompanhar sempre. É a negação do direito de Marcelo viver, de ser feliz.

ÉPOCA – Que explicação o hospital deu à família?

Dino – Eles não responderam às perguntas principais. O hospital soltou uma nota. Deram a entender que o Marcelo chegou do colégio e morreu. Não. Se ele tivesse chegado do colégio muito mal e tivesse morrido na recepção, eu não estaria aqui. O pron-tuário diz que Marcelo estava bem, falando, mandando e-mail, com oxigênio lá acima de 95% o tempo todo. O que mudou entre as 6 horas e as 6h30 da manhã do dia 14 de fevereiro é o que a gente não sabe.

ÉPOCA – O que o senhor pretende fazer em relação ao hospital?

Dino – Não quero um centavo do hospital. Não recebo dinheiro da indústria da morte. Só quero a verdade. O hospital, em vez de nos trazer a verdade, fica querendo esconder, para não ter de pagar indenização.

ÉPOCA – O senhor está próximo de saber a verdade?

Dino – Prefiro aguardar o que as autoridades vão dizer. Se você me perguntar se houve crime, vou dizer que não sei. Quem vai dizer isso é a polícia e o Ministério Público. Pelo fato de ser juiz, prefiro aguardar o desfecho das investigações para falar sobre elas.

ÉPOCA – O que ocorreu durante o período em que seu filho ficou internado?

Dino – É uma longa sequência de má conduta. Meu filho chegou ao Santa Lúcia consciente, andando, tomou banho sozinho. No período em que lá esteve, nenhum exame específico foi feito. Sequer um pneumologista o avaliou. Eles minimizaram o quadro do Marcelo e, por isso, não se deram conta de que ele poderia ter outra crise. Outra questão são as condições de trabalho da médica, Izaura Emídio. Ela assumiu o plantão na noite anterior depois de 12 horas de outro plantão. Ela não tinha plenas condições de trabalho por uma questão óbvia, orgânica.

ÉPOCA – O que foi feito para tentar salvar Marcelo?

Dino – Quando ele teve a crise, a Deane (mãe), que o acompanhava no hospital, chamou a auxiliar de enfermagem. A auxiliar de enfermagem foi chamar a médica. A médica não veio. Passado algum tempo, meu filho tinha parado de respirar. Começou a ficar roxo. A auxiliar de enfermagem voltou a chamar a médica. A médica relatou à polícia que demorou porque fora se trocar.

ÉPOCA – Quanto tempo transcorreu até ela chegar?

Dino – Uns quatro minutos. Quando a médica chegou, o Marcelo estava roxo nos lábios e começou a ficar roxo no rosto também. O que a literatura médica diz? Só existe uma conduta absoluta: entubar na hora, porque significa que o paciente está em parada respiratória. Um pneumologista que está me assistindo diz que são quatro ou cinco minutos para você salvar uma vida nessas condições.

ÉPOCA – Como exigir transparência dos hospitais privados?

Dino – Esse é um papel do Poder Público. Faço analogia com a educação. Se existe um sistema público de avaliação das faculda-des, deve existir para os hospitais também. No caso específico de erros, de crimes, deve haver regras específicas que hoje não existem, de preservação da cena do crime. O hospital tem uma relação com seu corpo profissional e outra com seus pacientes. Eles só olham a relação com o corpo profissional. Tanto que os advogados dos médicos são os advogados do hospital. Eles não veem que existe um paciente que pagou pelo serviço que não foi prestado.

ÉPOCA – O que existe do outro lado do balcão?

Dino – Existe um sistema que se caracteriza pela impenetrabilidade e pela desumanidade. Quem domina todas as informações é o hospital. É preciso haver transparência no controle dessas informações, e esse direito do paciente deve ser respeitado.

ÉPOCA – O consumidor brasileiro tem a quem recorrer numa hora como essa?

Dino – Você tem de recorrer à polícia e ao Ministério Público. Por isso, defendo o fortalecimento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e dos órgãos do Sistema Único de Saúde. Há os Conselhos Regionais, das próprias profissões. Nos hospitais privados, médicos e enfermeiros são obrigados, segundo eles, a se submeter a situações desumanas porque também não têm quem os proteja.

ÉPOCA – Numa situação de emergência, onde buscar socorro: no hospital público ou privado?

Dino – No caso dos hospitais particulares, o mais grave é a ganância. A busca do lucro máximo impede a prestação adequada dos serviços. Afinal, um hospital é uma empresa como outra qualquer, feita para lucrar, ou tem compromisso com a qualida-de? E quem fiscaliza essa qualidade? Na rede pública, temos o debate sobre verbas e sobre a corrupção. Por cima de tudo, existe a desumanidade, a coisificação da vida humana. É como se fosse produção de estatística. Nos hospitais públicos, é uma dificuldade histórica, que não distingue governos. Nos particulares, o problema é empresarial, que chamo de indústria da morte.

ÉPOCA – O senhor pretende fazer alguma campanha?

Dino – A morte dele (de Marcelo) tem de servir para alguma coisa, para dar sentido à vida dele. Não sou movido por sentimento de vingança. Luto por justiça. Nesse caso, existe uma singularidade, que é a justiça para o meu filho, mas tenho a esperança de que a morte dele sirva para a adoção de medidas que previnam ocorrências similares.

ÉPOCA – No que essa campanha pode ajudar?

Dino – Por exemplo: hoje existe o sistema de avaliação de qualidade das faculdades. O Ministério da Educação vai lá, inspeciona, atribui nota, verifica o currículo dos profissionais e, no limite, se a instituição não preencher determinados parâmetros de qua-lidade, ela poderá deixar de funcionar. Nos hospitais não existe isso. É como se fosse um comércio qualquer. Não é hora de exis-tir um sistema de avaliação de qualidade, conduzido pelo SUS, pela Anvisa, para que os consumidores possam afinal saber o que os hospitais oferecem?

Justiça Federal condena Zé Vieira por desvio de R$ 3 milhões

Por Luís Pablo Política
 

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) teve o pedido de condenação do ex-prefeito de Bacabal, José Lins Vieira, deferido pela Justiça Federal. Ele desviou quase R$ 3 milhões em recursos públicos repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) que deveriam ser aplicados em investimentos voltados para a educação do município. José Vieira atualmente é deputado federal.

Deputado federal Zé Vieira

Deputado federal Zé Vieira

Constatadas as irregularidades em auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) realizada no município de Bacabal, o MPF propôs contra o ex-prefeito ação de improbidade, por danos ao erário e aos princípios da administração pública e enriquecimento injustificado.

Segundo o MPF, entre outros atos de improbidade, o ex-prefeito realizou licitações para compra de material de limpeza, material didático e de expediente, por intermédio de sucessivas licitações ao invés de realizar licitação única, maximizando gastos.

Além disso, montou processos licitatórios com indicação genérica do objeto, impossibilitando a apresentação de propostas, e, em alguns casos com a contratação direta do fornecedor, sem formalização de dispensa de licitação.

Ainda, para justificar os gastos, o réu apresentou uma série de notas fiscais fraudulentas. No somatório das despesas não comprovadas com as que foram justificadas pelas notas fiscais irregulares chegou-se ao valor exorbitante de R$ 2.820.448,54.

Pela sentença, o ex-prefeito terá que devolver os quase R$ 3 milhões de reais desviados corrigidos desde 2004, perderá a função pública que ocupar, terá os direitos políticos suspensos por seis anos, pagará multa equivalente a uma vez ao valor do dano causado (de R$ 2.820.448,54) e ficará proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais por 5 anos.

Após atacar ex-namorada com ácido, homem pega 30 anos de prisão

Por Luís Pablo Mundo
 

Portal R7

Belga Patricia Lefranc recebe carinho da filha

Belga Patricia Lefranc recebe carinho da filha

O belga Richard Remes, de 57 anos, foi condenado a 30 anos de prisão por ter atacado sua ex-amante no rosto com ácido sulfúrico, a também belga Patricia Lefranc, de 48 anos.

O ataque ocorreu em dezembro de 2009 e deixou Patricia desfigurada. Além de passar três meses em coma, a vítima enfrentou 86 cirurgias de reconstrução e ficou cega de um olho.

Durante o julgamento, que começou no dia 13 de março, Remes, que é casado, disse que não pretendia matar sua antiga amante. Ele foi condenado pelo júri em Bruxelas por tentativa de homicídio.

Após ouvir o veredicto, Patricia chorou e abraçou seu advogado.

– Eu estou feliz agora.

Ao explicar a decisão do júri, o promotor responsável pelo caso, Pierre Rans, disse que Patricia “foi condenada à morte social para o resto de sua vida”.

– Eu acho que isso justifica colocar o culpado atrás das grades por 30 anos.

Após o julgamento, Remes disse que “só vou deixar a prisão deitado em quatro tábuas de madeira”.

Marcos Caldas esteve em Teresina no dia da morte de Fernanda, diz portal

Por Luís Pablo Polícia
 
O deputado Marcos Caldas (Reprodução/Facebook)

O deputado Marcos Caldas (Reprodução/Facebook)

A situação do vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Marcos Caldas, o Play (PRB), não está nada boa.

O Portal O Dia, que tem feito ampla cobertura sobre o caso da morte de Fernanda Lages, informou hoje que Caldas esteve em Teresina (PI) no dia da morte da estudante.

E mais: que o deputado teria se hospedado no mesmo hotel onde sempre ficava e recebido, garotas de programa nesse dia, que seriam amigas de Nayra Veloso, a Nayrinha, que foi presa no último dia 15 por omitir informações à polícia.

“De acordo com informações obtidas por ODIA, Marcos Caldas esteve em Teresina no dia da morte de Fernanda. Ele teria se hospedado nesse mesmo hotel onde costumava ficar e recebido, nesse dia, garotas de programa. Essas mulheres seriam amigas de Nayrinha”, disse o portal.

Nayrinha é apontada como testemunha do assassinato da garota de programa Fernanda Lages e passou a ser defendida, gratuitamente, pelo advogado Ernesto Lopes Gomes, do escritório Ronaldo Ribeiro e Francisco Ramos, segundo o jornal Piauí O Dia.

A partir das investigações, a Polícia Federal chegou a pelo menos dois deputados estaduais do Maranhão, que seriam conhecidos da estudante Nayrinha, que também teriam ligação com um esquema de garotas de programa de luxo em Teresina.

A reportagem do O Dia, informou também, segundo apurou, que Marcos Caldas estaria na mira da PF.

Dono do escritório, advogado Ronaldo Ribeiro

Dono do escritório, advogado Ronaldo Ribeiro

Além do vice-presidente da AL-MA, a Polícia Federal está investigando, ainda, a ligação do escritório de advocacia Ronaldo Ribeiro e Francisco Ramos, responsável pela defesa de Nayrinha, com esses deputados e a suposta rede de prostituição.

Ronaldo Ribeiro, dono do escritório, é advogado e amigo pessoal de Marcos Caldas. Ele diz que os dois vinham a Teresina com frequência.

“Além de ser advogado dele, o Marcos Caldas é meu irmão, meu amigo pessoal. A gente já esteve várias vezes em Teresina juntos”, afirmou.

O Tribunal de Justiça do Piauí, através do desembargador Joquim Dias de Santana Filho, negou hoje, 23, o Habeas Corpus a Nayra Veloso, que deve permanecer presa por mais cinco dias, para que seus advogados apresentem mais provas que justifiquem o pedido.

O desembargador não aceitou o pedido encaminhado pelo advogado Ernesto Lopes, para que ela fosse solta.

De acordo com o documento expedido pelo magistrado, os advogados não apresentaram provas relevantes que justificassem o pedido de liminar.

Veja o documento:

Chico Anysio morre aos 80 anos

Por Luís Pablo Brasil
 

Portal R7

O humorista Chico Anysio morreu, nesta sexta-feira (23), aos 80 anos de idade, no Rio de Janeiro. Ele completaria 81 anos no próximo dia 12 de abril.

O ator estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul carioca, desde 22 de dezembro de 2011.

Chico Anysio morreu aos 80 anos, após lutar bravamente contra problemas pulmonares e respiratórios

Chico Anysio morreu aos 80 anos, após lutar bravamente contra problemas pulmonares e respiratórios

Chico Anysio lutava contra um enfisema pulmonar. A doença se agravou em 2010, quando deu entrada no hospital com problemas cardiorrespiratórios.

Depois de 110 dias internado, Chico Anysio teve alta e chegou a voltar a trabalhar em 2011. Porém uma hemorragia digestiva o levou de volta para o hospital às vésperas do Natal.

Sua última mulher, Malga Di Paula, esteve ao lado do marido todo o tempo. Ela compartilhava com os fãs, no Twitter, as informações sobre a saúde do comediante.

No fim da vida, Chico fez campanha contra o cigarro, ao qual responsabilizou sua doença.

Durante sua última internação, ele foi submetido a uma cirurgia abdominal, na qual foi retirado um segmento do intestino delgado.

O humorista apresentou melhora após a cirurgia e chegou a descer para o quarto, mas uma infecção pulmonar complicou seu estado no fim de fevereiro e ele voltou para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Seu quadro clínico piorou nas duas últimas semanas. O estado se tornou crítico nesta quinta (22). Apesar de ter perdido a batalha, Chico Anysio demonstrou ser um guerreiro incansável na luta pela vida.

PF decide incluir deputados do MA em investigação sobre morte de estudante

Por Luís Pablo Polícia
 

Blog do Gilberto Léda

Deputados Luciano Leitoa, Carlos Filho e Marcos Caldas

Deputados Luciano Leitoa, Carlos Filho e Marcos Caldas

A Polícia Federal resolveu incluir os deputados Luciano Leitoa (PSB), Carlos Filho (PV) e Marcos Caldas (PRB) nas investigações sobre a morte da estudante e garota de programa Fernanda Lages, do Piauí, assassinada em agosto do ano passado. O corpo foi encontrado num prédio em construção do MPF-PI.

Até bem pouco tempo, os três estavam livres da investigação, porque, segundo a PF, os nomes deles apareciam apenas em conversas telefônicas ligadas à contratação de garotas para “festinhas” em Teresina.

No entanto, após o destacamento do advogado Ernesto Lopes – do escritório de Ronaldo Ribeiro, que representa Marcos Caldas em questões eleitorais – para a defesa da estudante Nayra Veloso, a Nayrinha, os investigadores decidiram incluir os parlamentares entre o rol de “investigados”.

Nayrinha era amiga de Fernanda Lages e está presa sob a acusação de omitir informações sobre o caso. Em entrevista ao portal O Dia, Ronaldo Ribeiro afirmou que conhecia Fernanda e Nayra e que, por isso, decidiu “doar” um advogado para a causa.

“Não me lembro bem quando, nem a ocasião… Faz um bom tempo, mas tive oportunidade de conhecer a Fernanda aí em Teresina”, admite o advogado, explicando que atua em municípios do interior do Maranhão, a exemplo de Caxias, e mantém parceria com escritórios do Piauí.

Paula, Fernanda e Nayra: advogado conhecia(Foto: Magnun Rógeres/ODIA)

Paula, Fernanda e Nayra: advogado conhecia(Foto: Magnun Rógeres/ODIA)

A defesa de Nayra será gratuita. O escritório “Francisco Ramos e Ronaldo Ribeiro” destacou o criminalista Ernesto Lopes de São Luís (MA) para Teresina (PI) na segunda-feira (19) à noite. Ribeiro explica a “doação” como um gesto de amizade à amiga Nayra, que ele diz ter conhecido há alguns anos na capital do Maranhão.

O advogado soube da prisão de Nayrinha através de um colega. E ofereceu ajuda após ouvir apelos da mãe e de uma amiga da jovem – identificada como Paula – que ele também já conhecia.

“Quem fez o primeiro contato foi a Paula. Ela me ligou, contou toda a situação e eu me dispus a ajudar. Então ela intermediou o contato da mãe da Nayra comigo”, relata Ronaldo Ribeiro, que minimiza o fato de não cobrar honorários pela defesa: “Nosso escritório é grande, tem boa estrutura. Isso é pouco e eu faria por qualquer outra amiga”, diz o advogado.

(Com informações do portal O Dia)

FAMEM e TRE debatem com prefeitos as regras para o processo eleitoral

Por Luís Pablo Política
 

Em São Luís, a entidade realizou o primeiro de oito seminários que têm como objetivo levar informações sobre as novas regras eleitorais a futuros candidatos.

O presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), prefeito Junior Marreca, destacou, nesta quinta-feira (22), a iniciativa pioneira da entidade representativa dos gestores municipais ao realizar o primeiro Seminário Regional Eleitoral, em São Luís.

O evento, que contou com a parceria do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) e da Seccional Maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) , discutiu durante toda a manhã, no Praia Mar Hotel, aspectos legais e jurídicos dôo processo eleitoral.

O objetivo, explicou Marreca, é municiar prefeitos, vereadores e pré-candidatos em geral de informações para garantir a transparência e a legalidade das disputas.

Para o prefeito, a principal meta da FAMEM é viabilizar o maior número de dados possível.

Representando o TRE-MA, o juiz e membro efetivo da Corte Eleitoral José Jorge Figueiredo dos Anjos ressaltou a “importância vital” do seminário e lembrou que, quanto ais informados os candidatos, menos ações serão protocoladas.

Programação – A programação do 1° Seminário Regional Eleitoral seguiu durante toda a manhã desta quinta-feira (22), com palestras sobre pesquisas eleitorais, transferência de domicílio eleitoral, convenções partidárias, registro de candidatura, propaganda eleitoral e a principal do dia: condutas vedadas aos agentes públicos.

Após o seminário da capital, a FAMEM realizará os eventos em outras sete regionais. O próximo encontro acontece em Itapecuru-Mirim, dia 30 de março.

Para emplacar Luís Fernando, Roseana pede para Sarney apoiar Lobão à presidente do Senado

Por Luís Pablo Política
 

Decidida a impor seu estilo de governar, como se política fosse via de mão única, a governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) decidiu pedir a ajuda do pai, o tetrapresidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para apoiar o desejo da presidente Dilma Rousseff em fazer o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), o próximo presidente do Senado Federal. Pura armação.

Governadora Roseana Sarney

Governadora Roseana Sarney

O objetivo de Roseana seria esvaziar o poder de Lobão que está concentrado em diversos municípios, onde lideranças da base aliada apoiam o seu projeto de governar o Maranhão.

Acontece que Edison Lobão, mesmo fazendo parte do grupo político de José Sarney, não abre mão da sua candidatura a governador do Estado. E dificilmente aceitará qualquer imposição de Roseana Sarney, que insiste em emplacar o seu secretário Luís Fernando (Casa Civil).

O chefe da Casa Civil, como se sabe, tem ampla rejeição da base governista para apoiar a sua candidatura ao governo. E isso de fato, poderá ser um grande problema.

Esse desejo da governadora, criará uma situação de constrangimento ao presidente do Senado, que há anos mantém aliança com o ministro de Minas e Energia.

E se retaliar parte da base aliada, Roseana Sarney estará fadada a se aproximar da ingovernabilidade.