Quem assistiu o discurso do deputado Arnaldo Melo (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, pode até acreditar que ele esteja falando a verdade. Ao contrário do que as imagens abaixo do dia 1 deste mês mostram.
Presidente Arnaldo Melo, segurando a publicação do blog que leu na sessão plenária
Em seu discurso ontem, 19, Arnaldo Melo confessou ao tentar justificar o injustificável, ter praticado uma ilicitude, pois a rigor infringiu o art. 8 inc. VI do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Maranhão posto determinar que “são requisitos básicos para investidura em cargo público: VI – aptidão física e mental.
O presidente do Poder Legislativo maranhense alegou que o servidor fantasma, Airton de Oliveira Abreu, conforme o blog denunciou (reveja), foi renomeado ao cargo de diretor da Casa, porque estava em tratamento de saúde no Rio de Janeiro devido a uma hérnia de disco. O que não é verdade.
E foi mais longe ainda: disse que o diretor Legislativo vai permanecer na Assembleia Legislativa por questão humanitária e de justiça.
Ora presidente, desde quando o Poder Legislativo maranhense é Casa de Apoio? Desde quando uma família tradicional e rica precisa de ajuda para tratamento? Quer dizer então que só diretor fantasma que mora no Rio de Janeiro tem direito?
Se o servidor fantasma estava doente deveria tê-lo submetido a uma junta médica para fins de concessão de auxílio doença ou aposentadoria por invalidez, porém jamais poderia ter renomeado infringindo o art. 8º inc. VI do Estatuto dos Servidores.
Arnaldo Melo deveria ter postura moral ao cargo que exerce, pois a Constituição Federal e a Estadual proíbem o uso de dinheiro público para este tipo de prática de pilantropia, o que é crime e deverá ser apurado pelo Ministério Público e, principalmente, pelos parlamentares da Casa.
Nas imagens abaixo, percebe-se que o funcionário fantasma Airton Abreu (de terno preto), no apartamento na cidade maravilhosa, no Rio de Janeiro, com seus familiares e amigos, está preocupado com o tratamento e com uma das fases mais difíceis da vida, conforme o presidente Arnaldo Melo disse (data da foto 01/12/2011):