A luta de Max Barros pela duplicação
Em reunião com o secretário de Estado de Infraestrutura, Max Barros, nesta quinta-feira (13), em Brasília, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e transportes (DNIT), Jorge Fraxe, e o secretário executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Mazzela, garantiram que o cancelamento da licitação para duplicação da BR-135 – trecho de 28 km entre São Luís e Bacabeira – não inviabilizará a obra.
Pressionados por Barros, os representantes do Governo Federal assumiram o compromisso de emitir uma nova nota oficial, dando garantias de que a duplicação seja iniciada, irrevogavelmente, em junho do ano que vem. “O Maranhão está em uma situação em que não se pode mais esperar”, declarou o secretário.
Na conversa que manteve com os integrantes do Ministério dos Transportes e do DNIT, Max Barros deixou claro que o Governo do Estado não concordou com o “cancelamento unilateral da licitação”, e exigiu o estabelecimento de prazos rígidos para que não haja mais atrasos na obra. Na avaliação dele, a data de junho de 2012 é aceitável, levando-se em consideração que a nova pista será construída sobre solo mole e que na região norte do estado, de janeiro a junho, é praticamente impossível fazer serviços de terraplenagem, devido às chuvas.
“O Governo do Estado foi tomado de surpresa [pelo anúncio do cancelamento da licitação], mas a licitação já foi cancelada unilateralmente e isso é um fato irrevogável. Dentro desta realidade, o que nos parece claro é que devemos definir, de agora em diante, um cronograma de trabalho rígido, que seja cumprido, porque o Maranhão não pode ficar com essa pendência. São vidas que se perdem todas as semanas nessa rodovia e isso deve ser considerado pelo Governo Federal”, disse Max Barros.
Outra preocupação do secretário é com a perda de recursos. Dos R$ 190 milhões deste primeiro trecho, cerca de R$ 60 mi são oriundos de emendas de bancada. Se não forem empenhados até 31 de dezembro – e o empenho só pode ser feito após toda a licitação – esses recursos serão perdidos. “Estamos no limite do prazo”, alertou.
Adequações
Uma solução para o problema financeiro da obra também foi debatido em Brasília. Durante o encontro, que contou ainda com a participação do deputado estadual Alexandre Almeida (PT do B), ficou estabelecido que o DNIT promoverá algumas adequações ao projeto da duplicação. A principal delas diz respeito ao deslocamento da linha férrea que beira a BR-135 no Campo de Perizes.
Inicialmente, ela seria deslocada para dar lugar à via, o que não será mais necessário. Segundo os engenheiros do órgão, a solução mais viável – e mais barata – será criar um sistema de proteção com defensas ao longo da linha e construir a nova pista ao lado dela – usando os trilhos como uma espécie de canteiro central.
Ao fim da reunião, o diretor-geral Jorge Fraxe reiterou que a duplicação está entre as prioridades do DNIT.
“Pode-se dizer que hoje é um marco nesse projeto de duplicação da BR-135. Essa é uma obra prioritária para o DNIT e nós nos comprometemos, como exigiu o secretário Max Barros, a estabelecer o prazo máximo de junho de 2012 para o início das obras, após as adequações j´pa propostas nesta reunião”, completou.