Para quem começou o segundo turno pedindo eleições limpas e sem agressões a seu adversário, o candidato Eduardo Braide (PMN) tem um comportamento no mínimo contraditório, muito distante do candidato com pinta de “bom moço”, que no primeiro turno pedia mais tempo e se projetava como o salvador de São Luís.

Nas poucas vezes em que tenta falar ações de seu eventual governo, o candidato propõe a criação de órgãos que já existem na Prefeitura de São Luís. Braide cita, por exemplo, que se for eleito criará um “departamento de drenagem de águas pluviais”. Só que esse setor já existe. É uma superintendência de Saneamento Básico, que funciona subordinada à secretaria de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura, responsável pela limpeza de canais e galerias e pela ampliação no sistema de drenagem urbana – um dos avanços registrados na gestão Edivaldo.

Outra proposta de Braide é criar uma Guarda Municipal Escolar. Mais um equipamento que já existe: o Grupamento de Segurança Escolar é um destacamento da Guarda Municipal de São Luís voltado exclusivamente para a segurança e ações de promoção da cultura de paz nas escolas. O grupamento atua de forma integrada com a Polícia Militar e com o setor de segurança escolar da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

No afã de atacar, Eduardo Braide critica sem conhecimento de causa. Demonstra não entender corretamente o funcionamento do Hospital da Mulher, da Central de Marcação de Consultas, do processo de licitação das creches, da aprovação e sanção de um documento como o Plano de Saneamento Básico, atualmente na Câmara de Vereadores para votação.

Em absoluta falta de sintonia com o mesmo eleitorado que lhe deu a chance de ir para o segundo turno, Braide menospreza o papel da Prefeitura de São Luís na parceria com o governo do Estado – um trabalho conjunto já reconhecido e aprovado pela maioria da população.

Em vez de propostas e apresentação de plano de governo, o ex-gestor da Caema prefere gastar o tempo e a “igualdade de condições”, dadas pelo eleitor num voto de confiança, para atacar não só o atual prefeito, mas também seus aliados.

O candidato que pediu por paz nas eleições, pelo visto, veio logo com “quatro pedras na mão”. Mas esse filme, de tão batido, o eleitor conhece logo, e não tem interesse nenhum em ver de novo.