Prefeito Eduardo Braide, de São Luís-MA

Todos os prefeitos, prefeitas e lideranças políticas que decidirem apoiar o prefeito de São Luís-MA, Eduardo Braide (PSD), ao governo do Maranhão nas eleições do próximo ano, têm que ter a consciência de como é o seu estilo de governar.

Braide representa “o novo político que não gosta de político”. Isso é fato. A maneira como se comporta desde sua primeira eleição na disputa da prefeitura da capital – em 2016 quando foi derrotado para Edivaldo Holanda Júnior, é a prova disso.

À época, Eduardo Braide já dizia que não fazia acordo com político e partidos em troca de apoio. Ele chegou a ser desmascarado pelo então deputado estadual Adriano Sarney, que recebeu o apoio de vários colegas de parlamento (clique e veja abaixo).

Para vencer as eleições em 2020, Braide teve que mudar o discurso e fazer acordo. Ele só venceu no segundo turno do então candidato Duarte Júnior porque teve o apoio do PDT do senador Weverton Rocha. E depois de eleito, não cumpriu o acordo e os pedetistas se afastaram da sua gestão.

A relação de Eduardo Braide com a Câmara de São Luís é de embate constante e é o único prefeito da história política que não tem a maioria do apoio dos vereadores da Casa Legislativa. Braide se aproveita da opinião pública para passar a imagem de independência e segue sem o apoio da classe política.

Esse é o modelo do novo político que não se identifica com os comportamentos comuns da política e que prefere se distanciar da política partidária e dos interesses de grupos de pressão, sem buscar um diálogo mais aberto e participativo com a classe política.

Eduardo Braide se descreve um político que se apresenta como diferente dos demais, que se opõe à imagem tradicional e negativa associada à política e aos políticos. Um político que se posiciona de forma independente, que não se limita a defender os interesses de um partido político.

É importante ressaltar que a ideia de um “novo político” que não gosta de político é um risco para quem almeja ter algo no governo.

E o comportamento de “antipolítica” de Eduardo Braide que tem uma postura de rejeição à política pode levar a um distanciamento do processo político e à falta de representação dos interesses da sociedade em várias municípios por meio das lideranças no interior do Estado.