Vice-governador Felipe Camarão sendo abraçado pelo ministro Flávio Dino

O vice-governador e pré-candidato ao governo do Maranhão, Felipe Camarão (PT), tem usado a imagem do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), em suas redes sociais para se promover.

Do mês passado até a presente data, Dino e Camarão estiveram presentes em pelo menos quatro eventos. O “ritual” é sempre o mesmo: recepção ao ministro, cumprimentos conjuntos, fotos juntos com autoridades e perante a jornalistas e todas as lentes privadas conectadas às redes sociais.

Os gestos, as falas e suas consequências chegam exatamente ao mesmo lugar: em uma vinculação umbilical do vice-governador como herdeiro político do Dinismo, com vistas às eleições de 2026.

Após mais de um ano sentado na cadeira do Supremo, não cabe mais a Flávio Dino qualquer tipo de transferência de espólio político. É preciso se conter, até porque não é legítimo invadir o campo da atuação eleitoral ativa. Esse não é o papel e nem o dever de um ministro do STF.

O próprio ministro Edson Fachin, na segunda-feira (16) durante evento em Brasília em comemoração aos 10 anos de sua posse, deixou claro que é preciso respeitar os limites da mais alta Corte do país.

“Somos servidores da Constituição. Não nos cabe agir segundo vontades pessoais ou pressões políticas. Ao direito, o que é do direito; à política, o que é da política”, disse Fachin.

O excesso da presença de Flávio em eventos no Maranhão, os “pitacos” nada inocentes – como o de sugerir uma “chapa imbatível” para as eleições ao governo – e a exposição claramente pensada ao lado de Felipe Camarão reforçam com clareza as suspeitas do deputado federal Nikolas Ferreira, que protocolou um pedido de impedimento que já está sob análise do Senado Federal – e para o qual novas provas podem ser juntadas.

CLIQUE E VEJA: