As ligações perigosas de Washington…

 

Fevereiro de 2011. A Polícia Federal deflagrou uma operação que desbaratou um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro na Prefeitura de Barra do Corda, no Maranhão, que desviou R$ 50 milhões dos cofres públicos.

No mesmo período, a PF estava concluindo um novo inquérito sobre desvios milionários nas contas do Incra do Maranhão. As duas investigações, embora independentes, teve em comum um mesmo personagem: o lobista João Batista Magalhães, amigo pessoal do candidato a prefeito de São Luís, Washington Oliveira.

Washington gostava de pegar os carros de Magalhães emprestados

Washington gostava de pegar os carros de Magalhães emprestados

Conhecido de políticos e empresários, Magalhães teve o pedido de prisão pela Polícia Federal, que entendeu que o lobista seria peça importante para desbaratar os esquemas de corrupção perpetrados por prefeitos do Estado do Maranhão.

Assim que soube da ordem de prisão, o lobista se refugiu. Ao descobrir que poderia ser detido a qualquer momento, ele fez uso de sua rede de contatos no mundo político e conseguiu “asilo” na sede nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).

Os agentes federais suspeitaram no período que alguém teria entregue as chaves do local para Magalhães.

Na época, as suspeitas dos federais recaíram todas sobre Washington Oliveira (PT). O candidato a prefeito de São Luís era extremamente ligado ao lobista. Alias Magalhães era assessor parlamentar quando Washington foi deputado federal. Não foram poucas as vezes em que os dois foram vistos juntos em Brasília e no Maranhão.

Em São Luis, por exemplo, Washington andava em carros do próprio Magalhães, que também emprestou seu Land Rover para caciques petistas ligados ao candidato a prefeito.

A relação entre o lobista e o candidato do PT tornou-se mais forte na época em que Washington Oliveira era assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, na gestão do ministro Luiz Dulci.

O candidato a prefeito Washington Oliveira chegou a admitir que conhecia o lobista Magalhães. No período houve uma versão de que ele, dois dias antes da operação da PF, teria apresentado o lobista a Alexandre Padilha, hoje ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff.

E numa das incursões da PF em Brasília por pouca Magalhães e Washington não foram presos na sede Nacional do PT, em Brasília.

O então presidente do partido, que teve o gabinete invadido por ordem judicial pela PF, teve uma crise depressiva e saiu pelos fundos imaginando que ele seria preso.

Com informações da revista IstoÉ…

Um comentário em “As ligações perigosas de Washington…”

  1. Johnathan Eizemberg

    É suspeito e prejudicial esse corporativismo existente entre executivo e o judiciario fazendo com que pilantragens desse tipo que favoreceu “certas pessoas”, não tenham a merecida publicidade.

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