Do G1MA:

Um pedido de investigação sobre o transporte clandestino de trabalhadores maranhenses para exploração de mão-de-obra barata nas regiões Sudeste e Centro-oeste do país, foi protocolado nesta sexta-feira (18), na Superintendência Regional do Trabalho do Maranhão (SRTE).

A investigação foi solicitada depois da publicação de uma reportagem no jornal ‘O Globo’, em 6 de maio, que denunciou os casos, ocorridos com trabalhadores das cidades de Codó, Coroatá e Timbiras. Segundo a matéria, os homens compravam passagens em supostas agências de turismo e acabavam em canteiros de construção civil e corte de cana-de-açúcar, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Para o secretário José Antônio Heluy, que protocolou o pedido, a prática se configura como tráfico de pessoas. “Esses agenciadores de mão-de-obra barata já contam com ‘agências de turismo’, criadas exclusivamente para realizar o embarque ilegal de maranhenses para trabalharem fora do Maranhão”, disse.

“Não somos contra a prática de levar trabalhadores maranhenses para outros estados. O que exigimos é que eles tenham seus direitos trabalhistas garantidos desde a sua saída de casa, como a lei prevê”, enfatizou.

O pedido foi recebido pelo chefe da seção de Inspeção do Trabalho da SRTE, Sílvio Conceição Pinheiro, que avisou que a investigação deverá ter início o mais rápido possível. “Tivemos notícia dessa prática e as providências estão sendo adotadas”, garantiu.