Da Folha do Maranhão

Através de um aparelho chamado microcomparador balístico, a Polícia Civil maranhense tenta provar que arma utilizada no assassinato do jornalista Décio Sá não foi jogada no mar, como afirmou Jonathan de Souza Silva, homem que confessou ser autor dos disparos.

Os peritos do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim-MA) têm feito esse trabalho com todas as armas, principalmente as de calibre .40 que foram apreendidas desde a data da morte.

Durante a entrevista coletiva onde foram apresentados os sete suspeitos de participação no crime, o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, informou que Jonathan teria atirado a arma do crime ao mar, durante uma viagem de ferryboat. Mendes também afirmou que a arma teria sido fornecida pelo o subcomandante da Polícia Militar Fábio Aurélio Saraiva.

Laudo

Dois dias após a polícia prender sete pessoas suspeitas no envolvimento na morte do jornalista Décio Sá, o Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim) divulgou o resultado da perícia sobre o assassinato. De acordo com o laudo técnico, cinco dos seis tiros que atingiram Sá foram fatais: dois na cabeça e três na região do abdômen (pela costa).

De acordo com o diretor do instituto, os dois primeiros tiros à queima-roupa atingiram Décio na cabeça. Os outros dois foram dados na costa do jornalista e o sexto, pegou de raspão no nariz de Sá, provavelmente quando ele já estava no chão.

Os peritos explicaram que foram analisados cerca de 300 vídeos, coletados a partir das 22h05 da noite do dia 23 de abril, de câmeras localizadas na Avenida Litorânea e de outras vias da cidade por onde os executores do jornalista passaram.

Segundo a perícia, o resultado do exame de balística concluiu que os projéteis eram de origem da Polícia Militar do Maranhão. O carregador é de uma arma pistola 24/7 .40, de uso exclusivo da polícia.