Pai do advogado Brunno Matos diz que Diego Polary matou seu filho

Por Luís Pablo Crime / Polícia
 

Imparcial

Há 11 dias, o jovem advogado Brunno Eduardo Matos Soares estava entre amigos, em uma casa no Olho d’Água, comemorando a vitória do vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, ao cargo de senador da República.

Depois de algumas horas de comemoração, Brunno soube que um vizinho estava danificando o seu carro, saiu com o irmão Alexandre e o amigo Kelvin para ver o que acontecia, se envolveu em uma briga e foi assassinado a facadas. De lá para cá, uma sucessão de indícios tem gerado controvérsias sobre o caso.

Advogado Brunno Matos

Advogado Brunno Matos

Na manhã de ontem, o delegado do 7º Distrito Policial, Márcio Dominici, em entrevista coletiva, informou que o vigia da rua onde aconteceu o crime, o jovem João Nascimento Gomes, assumiu a autoria do assassinato do advogado, confessando o crime de forma espontânea.

A mãe de João contesta a versão apresentada pelo filho. De acordo com o advogado Mário Macieira, presidente da OAB, ela procurou a comissão de direitos humanos do órgão alegando que o filho foi coagido a assumir o crime.

Quem também não acredita na versão do vigia é Rubens Matos, pai de Bruno. Para ele, de acordo com o depoimento de testemunhas que presenciaram a tragédia, foi o estudante Diego Polary que deferiu o golpe que vitimou o seu filho.

“A confusão se iniciou quando o meu filho tomou conhecimento que o seu carro estava sendo quebrado. Então ele foi ver o que estava acontecendo, quando se deparou com o [Cláudio Humberto] Marão, que estava com dois cachorros, incitando-os contra o meu filho. Aconteceram empurrões de parte a parte e foi aí que apareceu uma terceira pessoa que matou o meu filho na mesma hora. O Marão deu inicio a todo o problema, incitou os animais para que avançasse contra o meu filho que, sem perceber, foi esfaqueado por essa pessoa que nós dizemos que é o Diego Polary”, declarou.

Rubens afirma que tanto o Alexandre, irmão de Brunno, como o amigo Kelvin Chiang, que também foi esfaqueado, tem certeza que Diego é o autor do crime. “A pessoa que foi reconhecida foi o Diego, nenhum dos dois cita outra pessoa, mas nós não descartamos a participação de uma terceira pessoa. A certeza que eles têm é de quem deferiu o golpe de faca foi o Diego, que eles olharam de frente”, conta.

Brunno com o irmão Alexandre e o pai Rubem

Brunno com o irmão Alexandre e o pai Rubem

De acordo com Rubens, Diego e Brunno não eram amigos e nem inimigos, eram conhecidos de redes sociais. “Eles não se conheciam pessoalmente. Eu também conheço o pai dele, o Claudinho Polary, por causa da TV, do Facebook, mas não temos nenhum contato”.

Alexandre e Kelvin afirmam também que João Gomes, o vigia, não participou ativamente do crime. “As pessoas que chegaram a presenciar o crime dizem que viram o vigia, mas que ele não participou efetivamente do assassinato, nem da tentativa de homicídio. O meu filho falou que olhou o vigilante, mas que ele não participou de forma alguma”.

Rubens afirmou ainda que não tem nenhum interesse em inocentar João. Para ele, o importante é que o verdadeiro culpado pague pelo que fez.

Brunno Matos

Muito emocionado, Rubens descreve o filho como um rapaz simples, um irmão que o Alexandre tinha como um ídolo. “Ele fazia o bem e nem contava para a gente. Hoje pessoas chegam falando de como ele as ajudou, falando ‘ah, ele fez isso para mim’, coisas que nem a gente sabia. Nunca chegou bêbado em casa, nunca nos deu problema”, conta.

Sempre disposto a ajudar, Brunno gostava de tocar cavaquinho e sair com amigos. “Uma senhora veio aqui, e falou assim: eu pensei que o Bruno fosse pobre. Nós somos de classe média, e ela falava: eu não acredito, porque o Bruno se relacionava com as pessoas simples, com todo mundo lá do bairro… Esses depoimentos, a igreja onde aconteceu a missa dele, que estava cheia, todos chorando, os mais de 15 advogados que já me procuraram querendo ajudar no caso, o apoio do senador Robert Rocha, só demonstra o quanto ele era querido”.

Diego Polary

O estudante é sobrinho, afilhado e mora na mesma casa de Carlos Marão, detido inicialmente suspeito de cometer o crime.

Na tarde do dia 06 de outubro, Diego publicou uma nota no Facebook, negando qualquer participação no caso. “As investigações que ainda não foram concluídas mostrarão que não participei do ocorrido. Fico triste por meu nome estar sendo citado em um ato de violência, pois quem me conhece sabe que jamais me envolvi em qualquer fato desse tipo”, disse.

4 comentários em “Pai do advogado Brunno Matos diz que Diego Polary matou seu filho”

  1. FALCONES

    TODO MUNDO FICA ESPECULANDO,INCLUSIVE O PAI QUE NÃO É DELEGADO E NEM INVESTIGADOR.AFINAL O QUE ESSE FRACO DELEGADO ESTÁ FAZENDO NESSE CASO,SERÁ QUE O SECRETÁRIO ESTÁ DORMINDO NO GABINETE,QUE AINDA NÃO DESIGUINOU UM OU MAIS DELEGADOS MAIS EXPERIENTE PARA ESCLARECER TUDO SOBRE O CASO. AFINAL QUEM ANDA COM FACA É VIGILANTE OU ESTOU ENGANADO.E ACHO QUE CLAUDINHO POLARY ESTÁ SOFRENDO JUNTO COM A FAMÍLIA DO BRUNO,POIS NINGUÉM QUER VER SEU FILHO MASSACRADO POR PESSOAS SEM HABILITAÇÃO PARA TAL.

  2. Celso

    Prezados Senhores,
    Fico me perguntando neste lamentável episódio para ambas as famílias, o quanto de energia desperdiçada é gasta com suposições e acusações disparadas por “ilustres” investigadores de ocasião, de encontro ao que realmente é o seu objetivo: a solução deste caso, amparado exclusivamente na VERDADE. A meu ver, uma multidão insensata, (o coletivo mais adequado seria Manada) corre às cegas numa só direção, querendo mudar o foco das investigações que é a da BUSCA DA SOLUÇÃO BASEADO NA VERDADE, INSISTINDO INSANAMENTE NA INCRIMINAÇÃO DO DIEGO. Criaturas: O LADO QUE ESTÁ CERTO NÃO IMPORTA, E SIM O QUE É CERTO, O QUE É REAL, O QUE ACONTECEU. Não é time A contra time B ou um lado contra o outro. Parece que o que menos importa é o resultado. Parece que mesmo que a Polícia solucione o caso por completo (que é o que parece), apontando os reais culpados, mesmo assim, a sede sanguinária de incriminar Diego continuará. Me pergunto o por que? Será porque o Diego é uma pessoa do bem, dito por todos que o conhecem e com ele convivem?; Será porque ao contrário dos que o chamam de playboy, o mesmo, estudando à noite e trabalhando no ramo de dia, se formará em Engenharia Civil aos 21 anos de idade?, Será que por pertencer a uma família cristã praticante, precisaria dessa provação do inimigo, como diria o amigo Henrique, para atravessar o seu deserto pessoal? Não o sabemos. Esses supostos seres humanos, não têm o direito de julgar, de entenderem de dinâmica de crime ou “modus operandi”. Correm o risco de cometer erros, difamações e injúrias contra pessoas inocentes, pessoas do bem. Podemos imaginar a dor que o Senhor Rubens Soares, pai do Bruno e do Alexandre, está sentindo, ouvindo os seus desabafos diários nos meios de comunicação e redes sociais, pois mesmo que os faça, sabe, que jamais trará o seu filho de volta. Sabemos que o Bruno era um jovem advogado promissor, bem relacionado, adepto à música, bem quisto pelos amigos e colegas de trabalho e lamentamos profundamente a sua perda, mas queremos também, assim como todos, a solução do caso, pois embora nossa dor seja MENOR que a de vocês, pois perderam o Bruno, sabemos que o prejuízo moral do Diego perante a sociedade já está disseminado e levará talvez muito tempo para ser dissipado. Vejo muitas pessoas alheias ao caso, que não têm competência técnica, acadêmica e muitas vezes lógica (ouvimos e/ou tentamos ler cada absurdo…), até mesmo as ditas “autoridades”, a questionarem os procedimentos dos profissionais, investigadores e delegados habilitados no caso, fazendo-o de forma leviana, arbitrária, corporativa e preconceituosa, imbuídos do único propósito, cisma ou sei lá como chamar isso, querendo a todo custo incriminar o Diego. Creio plenamente que o que o Senhor Rubens Soares quer, é também o mesmo que o Claudinho, simplesmente, a VERDADE. Então, seja ela qual for, porque não confiar na justiça? A cada passo que a polícia dá, agora com uma Comissão de Delegados responsáveis, acreditamos na sua competência e isenção para solucionar este caso. Esse fato por si só, serviria para tranquilizar os corações envolvidos, pois a VERDADE é que está se buscando e não incriminar A, B ou C antecipada e levianamente. Este caso é de TODOS NÓS. Para nossa família, três coisas são bem claras e irão conviver (infelizmente com a perda do Bruno) de forma cristalina como a água de Bonito:

    01) O Bruno foi morto, o irmão e um amigo, feridos.
    02) Os culpados serão encontrados e julgados pela Justiça do Maranhão.
    03) O Diego definitivamente não teve nenhuma ligação com este lamentável fato.

    Por fim, quero humildemente, sem rancor ou ódio no coração, sugerir ao Senhor Rubens Soares, que nos parece uma pessoa sensata e de boa índole, que embora com todo o sofrimento que paira sobre sua cabeça, que investigue sim, até o fim, o verdadeiro responsável pela morte do seu filho Bruno, mas que o faça de forma a contribuir com a Polícia, objetivando “o” culpado e não “um” a qualquer custo, não questionando a sua conduta ou mesmo desqualificando-a, pois os mesmos são o único foro indicado e competente a fazê-lo. Sei que posso estar errado, mas no fundo o que o senhor quer é a elucidação do caso, e não nomear culpados a qualquer preço. Sei também que podem existir muitos que não concordem com uma linha deste texto por pensarem na contramão de suas idéias, mas notem que prefiro não condenar antecipadamente nem disseminar o ódio pelo ódio. Portando, para esses, peço que o releiam mais 32 vezes até entenderem o seu sentido. Por fim quero concluir dizendo que os estereótipos e preconceitos são sempre muito perigosos: alguém não é sempre BOM porque é HUMILDE, assim como não é sempre MAU porque é de uma classe “julgada” mais PRIVILEGIADA, ou vice-versa, como diria o outro. As coisas mundanas nos surpreendem com frequência, assim como neste caso, assim como os comentários MALDOSOS de pessoas que menos se esperaria, assim como a OMISSÃO TOTAL de outras tantas em que se esperava um simples alento, assim como na vida, assim é a vida.

  3. Rubem Soares

    Caro Celso, é impossível tanto equilíbrio emocional em uma circunstância igual a essa que estamos vivendo. Não temos motivo algum para crucificar o Diego, entretanto foi seu próprio tio Marão que em seu depoimento informou que o mesmo se encontrava na cena do crime, portanto temos uma única certeza absoluta. O Marão, o vigia e o próprio Diego sabem exatamente o que aconteceu.A partir deste momento me reservo o direito de não citar nomes, deixarei que as autoridades competentes elucidem o crime.
    O que me intriga é o porquê do Sr. Marão ser participante da comemoração e logo em seguida, passar a destruir os carros que se encontravam no local, muito estranho você não acha ? Realmente não sou competente para incriminar quem quer que seja, mas tenho todo direito de exigir que a verdade venha à tona.Para finalizar, você diz que “definitivamente o Diego não participou”, você também não está sendo precipitado ???

  4. Graça Soares

    Será que essa pessoa acima sabe a dor de perder um filho?????????? Amigo, na prática a teoria é outra…

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