Por aclamação, PMDB oficializa rompimento com governo Dilma

Por Luís Pablo Política
 

G1

Vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), durante anúncio da saída do partido da base do governo

Vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), durante anúncio da saída do partido da base do governo

O Diretório Nacional do PMDB decidiu nesta terça-feira (29), por aclamação, romper oficialmente com o governo da presidente Dilma Rousseff. Na reunião, a cúpula peemedebista também determinou que os seis ministros do partido e os filiados que ocupam outros postos no Executivo federal entreguem seus cargos.

O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, não participou da reunião que oficializou a ruptura com o governo. O encontro partidário foi realizado em um dos plenários de comissões da Câmara dos Deputados.

Comandada pelo primeiro vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reunião durou menos de cinco minutos. Após consultar simbolicamente os integrantes do partido, Jucá decretou o resultado da votação.

“A partir de hoje, nessa reunião histórica para o PMDB, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma Rousseff e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB”, enfatizou.

A decisão do PMDB aumenta a crise política do governo e é vista como fator importante no processo de impeachment de Dilma. Há a expectativa de que, diante da saída do principal sócio do PT no governo federal, outros partidos da base aliada também desembarquem da gestão petista.

Atualmente, o PMDB detém a maior bancada na Câmara, com 68 deputados federais. O apoio ao governo, porém, nunca foi unânime dentro da sigla e as críticas contra Dilma se intensificaram com o acirramento da crise econômica e a deflagração do processo de afastamento da presidente da República.

Na reunião desta terça, os peemedebistas decidiram que todos os seis ministros da legenda terão que deixar os cargos. Quem descumprir a medida poderá sofrer sanções.

Até esta segunda-feira (28), o PMDB ocupava sete cadeiras no primeiro escalão do governo Dilma. No entanto, Henrique Eduardo Alves, um dos peemedebistas mais próximos de Michel Temer, se antecipou à decisão da cúpula e entregou seu cargo a Dilma.

O vice-presidente da República, Michel Temer, não compareceu à reunião, sob o argumento de que não desejava “influenciar” a decisão. No entanto, ele teve participação ativa na mobilização pelo desembarque do partido e passou toda a segunda-feira em reuniões com parlamentares e ministros do PMDB, em busca de uma decisão “unânime”.

Dilma também lançou mão dos últimos esforços para tentar resgatar o apoio do partido. Na manhã de segunda, ela chamou ao seu gabinete no Palácio do Planalto seis dos sete ministros do PMDB para avaliar o cenário. No entanto, no fim do dia, Henrique Alves, um dos presentes ao encontro, apresentou a sua carta de renúncia.

Apesar do desembarque, Temer continuará na Vice-Presidência da República sob o argumento de que foi eleito pela população na chapa de Dilma e de que não ocupa, portanto, cargo de submissão à presidente.

7 comentários em “Por aclamação, PMDB oficializa rompimento com governo Dilma”

  1. Mauro Alencar

    ESTE PMDB É UM PARTIDO DE ABUTRES. MAMAM, MAMAM E DEPOIS PULAM PARA AFUNDAR O BARCO….

  2. Marcia

    Depois de roubarem descaradamente tudo aquilo que pertencia ao povo brasileiro, estes abutres, ciscam em cima da carniça. ABUTRES, ABUTRES, ABUTRES, ABUTRES, ABUTRES…

  3. José Iran

    Isso é briga de facções!!O velho PMDB,mama até na véspera.É um dos culpados da situação do País,pois esteve o tempo todo no governo e teve vários parlamentares beneficiados no Petrolão.

  4. eduardo

    Quando eu votei. Eu votei No 13 Dilma e não no vice dela . Oportunistas de novo….

  5. FLAVIA

    Corja de pilatras cria do Sarney, voçês nunca mas vão mandar no Pais, quadrinha de ordinarios mas não vai aver Golpe…

  6. FLAVIA

    De saída do Governo, PMDB fica longe do PT, mas não da Lava Jato: Eduardo Cunha, opositor declarado do Governo Dilma desde julho do ano passado, até já virou réu por conta da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ainda é alvo de um processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara sob a acusação de ter mentido à CPI da Petrobras sobre a existência de contas no exterior.

  7. Anna

    Michel Temer é mencionado na delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) como “padrinho” de dois ex-diretores da Petrobras envolvidos no escândalo. A legenda foi responsável pela indicação de João Augusto Henriques para a BR Distribuidora e de Jorge Zelada para a Área Internacional da Petrobras. Ambos estão presos em Curitiba. O vice-presidente nega vínculo com esses executivos, atribuindo à bancada do PMDB na Câmara as indicações deles.

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