Nitroglicerina Pura! Dossiê encontrado pela PF tem citação ao Palácio dos Leões
(Com informações do G1MA)
A Polícia Federal revelou que em um “dossiê” encontrado na casa de Antônio Aragão, do IDAC, existe informações graves sobre propina, superfaturamento, empresas de fachada e ‘funcionários fantasmas’ relacionados a empresas privadas e órgãos da administração da Saúde do Maranhão.
A ligação direta entre investigados e o Palácio dos Leões é sugerida nos documentos. O material encontrado na casa de Aragão foi utilizado pela PF para fundamentar à Justiça Federal o pedido para prorrogar prisões de cinco citados no esquema criminoso investigado pela “Operação Pegadores”, desdobramento da “Operação Sermão aos Peixes”.
O documento segue com trechos de depoimentos dos investigados, sendo que as informações prestadas por Antônio Aragão tratam diretamente da relação de Rosângela Curado no esquema.
No documento, a Polícia Federal revela que Aragão garantiu que “a Rosângela, ao lado de Mariano, caberia indicar as empresas para contratar com a unidade de saúde AME/CEMESP Imperatriz, ou seja, Rosângela faria a gestão da unidade, mesmo sem ocupar qualquer cargo público, o que o investigado chamou de ‘quarterização’. Antônio Aragão completa, ainda, dizendo que a gestão daquela unidade foi repassada para Rosângela e que ele, como gestor do IDAC, seria mero repassador de pagamentos”.
Para reforçar ainda mais os argumentos, o pedido da PF cita uma informação da Controladoria Geral da União (CGU) de que mesmo com a “Operação Rêmora”, quarta fase da “Operação Sermão aos Peixes”, os repasses para empresas ligadas aos investigados continuam.
Depois que houve o rompimento de contrato da Secretaria de Estado da Saúde (SES) com o Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC), outra empresa recebeu recursos públicos na ordem de R$ 1 milhão, entre agosto e setembro de 2017. O Instituto de Serviço Médicos Ltda., que pertence a Ideide Lopes de Azevedo Silva, presa provisória e sogra de Mariano Silva.
A PF diz que Mariano é “servidor da Secretaria de Estado da Saúde, o qual é apontado como principal responsável pelos crimes, em tese, cometidos a partir da utilização de empresas de fachada. Noutras palavras, Mariano de Castro Silva, que é a pessoa apontada por Aragão como sendo o centro da Secretaria de Estado da Saúde, continuou a se beneficiar do esquema ilícito, empregando inclusive uma empresa em nome de sua sogra, mesmo após rescisão com o IDAC”.
Segundo à Polícia Federal, outro investigado, Antônio José Matos Nogueira, dono da Quality Serviços Médicos Ltda., disse que a empresa foi aberta a pedido de uma pessoa identificada como Thiago, cunhado de Mariano Castro Silva. A empresa recebia dinheiro do IDAC, empresa investigada durante a “Operação Rêmora”.
Dos 16 presos na operação, a juíza federal decidiu prorrogar as prisões de Antônio Augusto Silva Aragão, Ideide Lopes de Azevedo Silva, Luiz Marques Barbosa Junior, Mariano de Castro Silva e Rosângela Aparecida Barros Curado, que foi subsecretária de Saúde e é suplente de deputada federal.
Foi liberado por questões de saúde, o médico Benedito Silva Carvalho. Outros dois conseguiram Habeas Corpus e tiveram suas prisões revogadas pelo desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Marcus Eduardo Alves Batista (ICN) e Péricles Silva Filho (médico) estão em liberdade.
Nessa segunda-feira (20), a Justiça Federal determinou o bloqueio e o sequestro dos bens dos investigados para que o dinheiro possa ser recuperado. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a medida é uma forma de tentar reaver o dinheiro desviado nas fraudes em contratos e pagamentos firmados pelo Governo do Estado do Maranhão na área da saúde.
22/11/2017 às 12:27
E o pagamento dos ex funcionários do idac,que até hoje nao receberam un centavo, o governo fica enrolando. Demitiram ate gestantes que por lei devem receber sua instabilidade, desde de julho aguardando esses pagamentos, que é direito dos trabalhadores.
22/11/2017 às 14:27
Isso é só a ponta do iceberg. O que tem de roubo na educação, sinfra e outras secretarias…
22/11/2017 às 23:13
Se é tanto dinheiro preso…milhoes e milhoes…a serem devolvidos pros cofres publicos. Porque nao pagam os direitos trabalhistas dos ex funcionarios do idac/ icn. Alguem mais quer se beneficiat? So quem sofre sao os trabalhadores que estao no prejuizo. emquanto esses bandidos roubam e desviam dinheiro public