BOMBA, BOMBA e BOMBA! Polícia pediu prisão de Othelino Neto
Documentos revelam que a Polícia Civil do Maranhão pediu a prisão preventiva do deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade). O pedido foi feito em janeiro de 2010, após a conclusão de um inquérito policial instaurado para apurar a comercialização ilegal de autorizações para desmate através de créditos virtuais inseridos de forma fraudulenta no sistema CEPROF/SISFLORA.
À época, Othelino foi indiciado, com mais 11 pessoas, pelos crimes formação de quadrilha, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva qualificada, inserção de dados falsos em sistema de informações, condescendência criminosa, omissão penalmente relevante e crimes contra a administração ambiental.
Conforme o inquérito policial, que o site do Luís Pablo teve acesso, com exclusividade, o esquema consistia na inserção de forma ilícita de créditos em determinadas pastas de algumas empresas, que os revendiam por preços inferiores aos praticados no comércio, criando um ‘mercado paralelo’ de madeiras e papéis correlatos, culminando com o aumento do desmatamento das reservas florestais, gerando grande evasão de receitas dos cofres do tesouro estadual.
“Com relação ao indiciado Othelino Nova Alves Neto, então secretário do Estado do Meio Ambiente, se confirma tanto nos depoimentos dos outros indiciados, como nos presentes autos, sendo consubstanciada ainda mais quando na função pública de secretário de Meio Ambiente, deixou de cumprir aos preceitos legais que norteiam a administração pública, ficando silente e passivo, não promovendo as apurações dos acontecimentos ilícitos ocorridos durante sua gestão frente à pasta”, expõe trecho do inquérito policial.
A comissão que investigou o caso foi comandada pelos delegados Marco Antônio Ramos Fonsêca, Edinaldo Silva dos Santos, Regina de França Barros e Walter Wanderley Silva Ferreira. A equipe foi formada pelo então secretário de Segurança Pública, Raimundo Cutrim.