O deputado Neto Evangelista ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão desta quinta-feira (28), para fazer uma avaliação sobre a investigação do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá. Ele afirmou que, inicialmente, todos pensavam que a Secretaria de Segurança Pública estava desvendando tudo sobre o caso. Ele lembrou que, em seguida, veio a informação de que o capitão Fábio, da PM, preso pela polícia, não era, de fato, o capitão envolvido na morte do jornalista.
Deputado Neto Evangelista
“E, pasmem, o capitão Fábio continua preso. Não sei, mas suspeito que seja por conta do secretário de segurança não querer assinar o atestado de incompetência nas investigações do caso do jornalista Décio Sá”, disse.Na tribuna, Neto Evangelista solidarizou-se com o deputado Raimundo Cutrim, que também teve seu nome envolvido. Dirigindo-se aos deputados, Neto Evangelista declarou: “Há dois dias assistimos um colega nosso, o deputado Raimundo Cutrim, indignado na tribuna. Eu conheço a índole do deputado Raimundo Cutrim e sei que não é da pessoa do deputado participar desse tipo de atitude. Cutrim foi crucificado pelas palavras que disse, mas imaginem se o mesmo acontecesse com qualquer um dos outros deputados, que qualquer um de nós estivesse passando por esse momento”.
Evangelista referiu-se, ainda, à folha de serviços prestados pelo deputado Raimundo Cutrim à segurança pública no Brasil. Acrescentou que, quando “o papagaio” (pistoleiro contratado para executar o crime) citou o nome Cutrim no interrogatório, instigaram, perguntando se ele estava se referindo ao parlamentar.
“Como o executor de um assassinato ia saber quem seria o mandante principal. Está praticamente na cara, não vê quem não quer”, analisou.
No pronunciamento, Evangelista se alinhou ao posicionamento do deputado Bira do Pindaré, pedindo que a Polícia Federal tome conta do caso.